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Suicídios de policiais no Rio é maior do que o de mortes em confrontos

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O número de policiais que se suicidaram no Rio de Janeiro em 2018 é o segundo maior entre 19 estados da federação. A quantidade de mortes voluntárias registradas no Brasil chegou a 104 no ano passado, número superior aos 87 policiais mortos em confrontos, de acordo com o Fórum de Segurança Pública.

As informações foram debatidas na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado. O encontro teve participação de representantes das secretarias de Polícia Civil e da Polícia Militar, a convite da presidente da comissão, deputada Renata Souza, do PSOL. A parlamentr é autora de projeto de lei que cria um programa de combate ao suicídio e sofrimento psíquico, voltado para policiais civis, militares, bombeiros, inspetores prisionais e agentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas.

Entre os fatores debatidos na Alerj como responsáveis pelo desgaste emocional dos agentes de segurança estão as condições de trabalho estressantes, específicas da categoria; a quantidade de horas extras compulsórias, a troca de lotação sem o devido aviso prévio, depressão e de auto-mutilação.

A cientista política Dayse Miranda, coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção, alerta para situações extremas enfrentadas por policiais.

Também presente na reunião, o presidente de análise de vitimização da Polícia Militar, Coronel Fabiano Cajueiro, relata que por dia pelo menos quatro policiais são afastados por problemas psiquiátricos. Esses fatores somados a casos de suIcídio e mortes de policiais resultaram em mais de 110 mil baixas nos últimos 25 anos na corporação.

Jornal Floripa

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