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Mortalidade Materna é uma das maiores causas de morte entre mulheres no Rio de Janeiro

Tema fará parte de debate da audiência pública na Câmara dos Vereadores do Rio

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Mortalidade Materna é uma das maiores causas de morte entre mulheres no Rio de Janeiro

Tema fará parte de debate da audiência pública na Câmara dos Vereadores do Rio

Dados apurados pela Comissão Especial de Combate à Violência e ao Racismo no Ambiente Obstétrico revelam que a mortalidade materna é uma das maiores causas de morte entre mulheres no Rio de Janeiro. Entre janeiro e abril deste ano foram contabilizados 18 óbitos, ou seja, a metade do total do ano passado inteiro. O assunto será pauta da Audiência Pública Rio, “um município seguro para mulheres? – Mortalidade Materna e a Violência Obstétrica Assistida”, que vai acontecer na próxima sexta-feira (23/05) às 18h, na Câmara Municipal.

Será um momento importante de reflexão uma vez que embora Maio seja o mês das mães, muitas famílias não puderam celebrar porque mulheres tiveram vidas interrompidas antes mesmo de viverem a maternidade. Por isso, nosso encontro tem por finalidade cobrar por políticas públicas efetivas e afetivas para garantir o básico, que é a dignidade para gestar, parir e nascer com segurança”, reforça Thais Ferreira, parlamentar do Psol e promotora do evento.

Vale ressaltar que a mortalidade materna é evitável e por isso os objetivos dessa Audiência Pública será cobrar do Poder Público a execução integral do Plano Municipal de Redução da Mortalidade Materna, o compromisso real e urgente para proteger a vida das mulheres e famílias cariocas e cobrar a implementação da Rede Alyne, iniciativa federal que busca diminuir a mortalidade materna de mulheres negras, que são as maiores vítimas.

A ação homenageia a jovem negra Alyne Pimentel, que morreu aos 28 anos, gestante e vítima de negligência médica em uma unidade de saúde em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, em 2022. O caso levou o Brasil a ser o primeiro país condenado por morte materna pelo Sistema Global de Direitos Humanos em todo o mundo.

Entre as convidadas que vão compor a Mesa de debates da Audiencia Pública estão a deputada estadual Renata Souza, a médica epidemiologista Daphne Ratter, a ex- presidente do Comitê Municipal de Mortalidade Materna Zilda Santos, Mariana Costa do ÒRÓ – Observatório Racial Obstétrico, a advogada Pâmela Brito e da diretora jurídica da Rede Rehuna Valéria Mori.

Diário do Rio