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Livro, organizado pela deputada Renata Souza, apresenta o conceito de Ubuntu

“Eu sou porque nós somos”: obra também é um manifesto em defesa da empatia, solidariedade e amor, em contraposição ao ódio, à solidão e ao individualismo

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Livro, organizado pela deputada Renata Souza, apresenta o conceito de Ubuntu

“Eu sou porque nós somos”: obra também é um manifesto em defesa da empatia, solidariedade e amor, em contraposição ao ódio, à solidão e ao individualismo

O selo editorial Luísa Mahin, criado pela mandata estadual Renata Souza (PSOL-RJ), lança nesta terça-feira (25) — o Dia da Libertação da África —  o livro o Ubuntu: Negras Utopias, organizado pela deputada. A obra traz na orelha artigo do pastor Henrique Vieira, e tem textos do jornalista, escritor e professor emérito da Escola de Comunicação da UFRJ Muniz Sodré e do ativista Seimour Souza, do Núcleo Independente e Comunitário de Aprendizagem (Nica), do Jacarezinho. Também participa do livro, com uma série de ilustrações, o artista Luang Senegambia.

Em 60 páginas, a obra Ubuntu — que, em síntese, quer dizer “eu sou porque nós somos” —  apresenta o conceito de origem sul-africana à luz de debates atuais como o que trata da condição do negro na sociedade a partir de recortes de gênero e sexualidade. Entre outras reflexões, os textos abordam ainda as formas como a política, a comunicação e a religião afetam e são afetadas pelo debate racial. O livro recorre a conceitos como biopoder e necropolítica para discutir a realidade de desigualdade e violência a que ainda são submetidos negros e negras no Brasil, com uma conexão entre essa situação e a dos indígenas brasileiros.

“Nesse livro, falamos de um conceito fundador de uma ética ou filosofia de resolução de conflitos, como diria o bispo sul-africano Desmond Tutu”, explica Renata Souza, em referência ao conceito Ubuntu, que, segundo a parlamentar, funcionou como um importante sustentáculo da reconstrução da África do Sul pós-apartheid. 

Mais do que apresentar um conceito, o livro se afirma também como um manifesto em defesa dos valores negros expressados no conceito Ubuntu, empatia, solidariedade e amor, em contraposição ao ódio, à solidão e ao individualismo que à cultura capitalista nos impõe.

Instituído pela ONU, o Dia da Libertação da África passou também a integrar o calendário estadual do Rio de Janeiro em 2019, por meio de lei de autoria da deputada Renata Souza.

O lançamento será realizado às 18h no Instagram @renatasouzario. 

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