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Violência política contra a mulher aumenta na internet

Número é maior entre mulheres negras. Na Alerj, um projeto visa a criação de um projeto para classificar ataques no âmbito político como falta de decoro

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Violência política contra a mulher aumenta na internet

Número é maior entre mulheres negras. Na Alerj, um projeto visa a criação de um projeto para classificar ataques no âmbito político como falta de decoro

A postura agressiva nas redes sociais já é uma realidade consolidada e ganha uma polarização maior quando envolve assuntos políticos, gerando ataques, ofensas e ameaças. Esse tipo de ataques chama atenção entre as mulheres no âmbito da política. De acordo com o Instituto Marielle Franco, cerca de 78% das mulheres negras que se candidataram a cargos políticos sofreram ataques na internet. Diante deste cenário, a Comissão dos Direitos da Mulher da Alerj apresentou um projeto que caracterize as agressões ocorridas no âmbito da política como falta de decoro.

De acordo com a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, 45% dos autores dos ataques contra as candidatas não foram identificados. Cerca de 25% dos responsáveis eram candidatos de grupos políticos adversários e 15% eram integrantes de grupos racistas e neonazistas.

"No cotidiano da luta política, essas violências tentam atacar a nossa legitimidade nos movimentos sociais de defesa dos direitos humanos, em especial na luta antirracista e antimachista. Não à toa, são violências recheadas de racismo e misoginia. Para mudar essa realidade de tamanha desigualdade precisamos nos organizar coletivamente para fazer isso juntas, na política. Não vão nos calar", afirma a deputada estadual Renata Souza (PSol), vice-presidente da Comissão de Direitos da Mulher.

O Dia