Feminicídio vira caso de polícia e de política
Nascida e criada no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, negra e feminista, em 2024, a deputada Renata Souza (PSOL) foi chamada de "macaca" e ameaçada de morte. Destemida, ela aprofundou sua luta em favor dos direitos humanos. Atualmente preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj, e está empenhada em ajudar a diminuir a desigualdade de gênero e prestar apoio, acolhimento e orientação sobre os direitos das mulheres. Sem perder o foco no combate ao preconceito racial, hoje Renata está comprometida a combater o feminicídio. Em 2025, o número de vítimas desse crime cresceu 45% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram registrados 20 casos nos 57 municípios mapeados pelo Instituto Fogo Cruzado. Entre as vítimas mapeadas este ano até o momento, 76% foram vítimas fatais. Ao todo, 22 mulheres foram mortas e sete ficaram feridas. Em 2024, das 20 baleadas, 60% não sobreviveram: foram 12 mulheres mortas e outras oito feridas.
O Dia