Acabou em bate-boca a audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia que, ontem, discutia a saúde no sistema penitenciário.
Dois presos morreram, dias atrás, no Complexo de Gericinó. Pelo menos um deles — já está confirmado — foi vítima de meningite bacteriana.
Lá pelas tantas, Márcio Gualberto (PSL) soltou a pérola: “Num primeiro momento, senhores, presídio não é para recuperar ninguém”. A mãe de um detento ficou indignada: “É para que? Para matar?”.
O deputado respondeu: “Não é para matar, mas para que aquele que cometeu um crime pague pelo que fez. Eu sei como é a situação de um presídio. Sabe o que eu faço? Eu me esforço para não cometer crimes”.
Houve protestos e Renata Souza (PSOL), presidente da comissão, precisou pôr ordem na casa.
InfelizMas o ponto alto foi quando Itauan Espínola, médico da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), referiu-se ao detento que morreu de meningite como “pobre infeliz”.
A mãe do rapaz começou a chorar e gritar: “Foi meu filho!”.
Jornal Extra