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Deputadas pedem que Procuradoria investigue omissão da PRF em bloqueios ilegais

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Deputadas pedem que Procuradoria investigue omissão da PRF em bloqueios ilegais

A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) e estadual Renata da Silva Souza (PSOL-RJ) solicitaram que Procuradoria Regional da República da 2a Região investigue a responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nos bloqueios ilegais realizados por apoiadores de Bolsonaro no Rio de Janeiro.

Na peça, elas pedem a apuração da responsabilidade administrativa e criminal de todos os agentes públicos vinculados à PRF “que participaram, direta ou indiretamente, das manifestações ilegais conduzidas em estradas e rodovias federais localizadas no estado”.

As parlamentares apontam que até a manhã desta quinta-feira havia 22 pontos com protesto em rodovias federais do Rio, sendo 10 com interdições parciais, dois com bloqueios totais e outros 10 protestos sem interdições no trânsito.

“Não há qualquer previsão em lei que legitime a atuação de PRFs no sentido de instigar atos como os narrados nesta Petição, ou que proteja sua participação em mobilizações ilegais, que atuam para bloquear rodovias federais”, escrevem as deputadas.

— Sabemos que, infelizmente, a PRF tem alinhamento com o governo Bolsonaro e são vários os indícios de conivência com essa sanha golpista. Sabemos também que é apenas uma parcela pequena da sociedade que não aceita a derrota do atual presidente, mas essas iniciativas têm trazido graves prejuízos ao país e ferido a Constituição Federal -- disse Talíria Petrone.

O documento relata casos de policiais rodoviários federais que estimularam as manifestações e não atuaram de maneira efetiva para desbloquear as vias, inclusive com aplausos de apoiadores de Bolsonaro que promoveram os protestos.

-- Liberdade sem responsabilidade vira arbitrariedade. As ações antidemocráticas precisam ser investigadas, os organizadores responsabilizados, e, sobretudo, precisam responder por suas decisões as autoridades que deveriam ter impedido de imediato os bloqueios -- afirmou Renata Souza.

O Globo