Por vias diferentes, dois projetos aprovados esta semana, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), trataram da questão racial no Brasil. Ambos tem como objetivo a urgência do combate ao racismo no país. Na quarta-feira (16), a Casa aprovou por unanimidade o PL, de autoria da deputada Renata Souza (PSOL), que inclui o Dia da África no calendário oficial do estado. Já na quinta-feira (17), foi acatado um projeto de resolução, elaborado pelas parlamentares Monica Francisco, Dani Monteiro e também por Renata (PSOL), que versa sobre ações para coibir o racismo institucional dentro da própria Alerj.
“Esta Casa precisa apresentar um empenho corajoso e honesto em combater o racismo nesse país. Não podemos permitir que as instituições mascarem um problema social real e gravíssimo. Quando incluímos oficialmente uma data como essa no calendário oficial, estamos na contramão da tentativa de apagamento da nossa história. Quando criamos um programa permanente de enfrentamento a práticas racistas, é porque sabemos o quanto elas inibem a presença de mais negros nesse espaço. É essa a realidade que lutamos para mudar todos os dias”, frisa Renata.
Representação negra na Alerj
5,71%. Essa é a porcentagem de parlamentares negros ocupando a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em 2019. A maioria segue branca: 48 parlamentares eleitos se identificaram desta forma – 68,57%. Mais 25,71% se consideram pardos, o caso de 18 políticos da Casa.